Precisamos entender que quando falamos em Brasil estamos abordando um país com magnitudes continentais. Um dado que impacta logo de início quando o assunto é transporte é que dos mais de 1.700.000 km de malha rodoviária no Brasil, apenas 12% é pavimentada (210.000 km) e das estradas que possuem pavimentação 90% são de pistas simples.
Essa introdução evidencia apenas uma das principais causas de dor de cabeça dos analistas do setor de transporte, com certeza o segmento é um dos mais amplos e envolve diversas engrenagens que possuem uma particularidade em comum, a capacidade de melhora na efetividade por meio de análises de dados e diagnósticos pautados em inteligência de localização.
A gama de dados sobre os produtos, clientes, fornecedores, rotas, veículos e funcionários pode ser armazenada e interpretada por meio de sistemas de machine learning, que além de organizar esses dados irão entregar relatórios mais fiéis sobre as inter-relações que esses pontos tem com a fluidez das demandas operacionais de entrega. Os bastidores de uma empresa saudável no segmento de transportes possuem estratégias intimamente ligadas às análises de dados que pequenas implementações já podem oferecer.
Atualmente, existem mais de 700 mil empresas no segmento de transporte rodoviário, dois pontos interessantes de observarmos é que houve um aumento de 25% de abertura de novas empresas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021 e que 7,5% do total de empresas possuem ao menos uma filial e/ou ponto de apoio a frota. Com a tecnologia de inteligência geográfica, além desses dados relacionados a empresas, podemos cruzar os dados das rotas a serem percorridas com os pontos de localização de onde os postos de gasolina se encontram, por exemplo, tornando possível traçar um percurso de paradas planejadas, antecipando a tomada de decisão do condutor.
De acordo com o último relatório da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) no final de 2019 a frota contava com 1.902.901 veículos, o que representa quase 2% da quantidade total de utilitários em território nacional. Outros dados que são possíveis de serem cruzados e analisados são os voltados para manutenção desses veículos de transporte, questões em relação a quantidade e tipos de peças que mais são solicitadas, oficinas próximas e modelos e anos de fabricação de determinados veículos. Agilizando e até mesmo prevendo possíveis manutenções em uma periodicidade pré-estipulada.
O setor de transporte foi um dos destaques na última divulgação do PIB pelo IBGE, em 04 de março de 2022. Apresentando um crescimento de 11,4% em relação aos anos de 2020 e 2021, dentre tantos fatores, o exponencial surgimento de novas empresas fomentam e nutrem o segmento que visa grandes aspirações para os próximos semestres. Objetivos que com a devida gestão desses dados implementados poderão ser alcançados mais facilmente, desde o pensar no estoque até a entrega do produto adquirido. Oferecendo melhorias em todos os sentidos para todos os participantes dessa rede.
Lucas Jorge Vasconcelos é gestor de comunicação da Datlo, empresa de Geomarketing e Inteligência Geográfica na nuvem.
Sobre a Datlo
A Datlo é uma startup de Geomarketing e Inteligência Geográfica na nuvem. Com o objetivo de encurtar a distância entre empresas e consumidores, oferece uma plataforma de análise de dados com foco nas áreas de vendas e marketing. Por meio de sua solução, as empresas podem mapear oportunidades de negócios pela localização. Criada em 2018 na cidade Maringá, no Paraná, possui uma equipe de 20 especialistas, como Geógrafos, Economistas e Desenvolvedores de Software, dentre outros. Atua em toda América Latina. Já recebeu aportes de investidores da Arabia Saudita, Europa e da Y Combinator, umas das maiores aceleradoras do Vale do Silício. Entre seus principais clientes estão Cargill, Sicoob e Sicredi.
