Mercado vegano: alimentação a base de plantas em crescimento

uma tigela branca cheia de comida em cima de uma mesa

Um estudo realizado pela IPEC, Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC), mostra que em 2021 mais de um terço da população brasileira (32%) já consome opções veganas nos cardápios de lanchonetes e restaurantes. A pesquisa foi encomendada pela SVB, Sociedade Vegetariana Brasileira, para demonstrar em números a mudança expressiva na dieta de nossa sociedade. 

O estudo também denota que ao menos 46% dos brasileiros já deixam de comer carne, por livre e espontânea vontade, ao menos uma vez na semana, o que demonstra que muitas pessoas estão procurando diminuir aos poucos o consumo de carne, substituindo a proteína de origem animal por uma opção vegetal. 

De acordo com a Vegan Society, o veganismo é um estilo de vida que procura interromper o consumo de produtos que de alguma forma derivam de animais, na alimentação, no vestuário e em todas as esferas de consumo. As razões que levam os consumidores a aderirem ao veganismo são a ética com animais, além do cuidado com a saúde por meio da nutrição e consciência ambiental. 

Uma investigação de mercado realizada pela empresa Research and Markets apontou um provável crescimento de 6,8% anual na indústria de soja de 2022 até 2027, já que mais pessoas estão adotando um estilo de vida vegano e o soja é uma proteína que pode ser consumida de diversas formas, como no leite e no hambúrguer vegano.

O mercado global de proteína de girassol também está crescendo. Conforme as estimativas da Research and Markets, esse setor deverá crescer 8,8% anualmente, até 2030. Para se ter uma ideia, em 2020 o mercado estava avaliado em US$ 70,4 milhões. A previsão é que em 2030 atinja US$ 156,3 milhões. A alimentação vegana é um dos fatores apontados como responsáveis pelo crescimento dessa indústria, já que é possível obter a proteína de girassol após a extração da farinha produzida quando se retira o óleo das sementes, e pode ser utilizado em suplementos, cosméticos e rações para animais. 

O hambúrguer McPlant, lançado para testes em oitos restaurantes da rede McDonald’s, em novembro de 2021, foi um sucesso de vendas. A base de ervilhas, o hambúrguer vendeu 3 vezes mais do que o estimado pela empresa, durante o período de testes. O KFC também se adiantou em relação às tendências do mercado e lançou uma versão a base de plantas do seu clássico frango frito, que está em fases de testes no mercado norte-americano. Ambas redes de fast-food conseguiram atingir seus objetivos e lançarem novos produtos devido a parceria com a Beyond Meat, uma produtora de substitutos de carne a base de planta, fundada em 2009. O CEO e fundador da Beyond Meat, Ethan Brown, afirma que a missão não é apenas oferecer a experiência deliciosa que os consumidores esperam, mas também fornecer os benefícios adicionais da carne à base de vegetais. A Beyond Meat também está desenvolvendo alimentos para o Taco Bell e o Pizza Hut, redes alimentícias que também fazem parte do grupo Yum! Brands – responsável pelo KFC. 

Uma outra pesquisa, preparada pela The Good Food Institute, prevê que a carne vegetal atinja 6% do mercado global de carne e frutos do mar até 2030, o que demonstra a necessidade do mercado de se abrir para novas opções de consumo.

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Elder Rotta

Elder Rotta | Head of Growth

Apaixonado por vendas, inovação e relacionamentos interpessoais. Ajudo empresas a expandirem, e encontrar as oportunidades certas no lugar certo, através do meu trabalho na startup Datlo.

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