Comércio Varejista: Como o Covid-19 impactou no que os brasileiros gastam

Combustível e lubrificantes é o setor que teve a maior alta em relação ao ano passado
Combustível e lubrificantes é o setor que teve a maior alta em relação ao ano passado

A pandemia do Covid-19 trouxe muitas mudanças ao mundo. Pessoas tiveram que fechar as portas do seu comércio, outras tiveram que reinventar seu negócio e produtos estão ficando cada vez mais caros.

Em vista as mudanças que ainda estamos enfrentando, trouxemos um estudo analisando a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, levando em consideração o mês de outubro de 2020 até outubro de 2021, que é o último mês divulgado pela pesquisa, analisando o Comércio Varejista (exceto Veículos e motos, partes e peças e Material de Construção) a fim de observar a diferença do consumo e de preço do ano passado para este ano.

Variação de Vendas no Comércio Varejista

Variação no volume de vendas no Comércio Varejista apresenta aumento de 2,6%
Variação no volume de vendas no Comércio Varejista apresenta aumento de 2,6%

Analisando o volume de vendas no Comércio Varejista, percebemos que no Brasil houve uma variação de +2,6% em relação ao ano anterior. Dividindo por setores, observamos que “Outros artigos de uso pessoal e doméstico” foi o setor que apresentou o maior volume de vendas desde o ano passado, com uma variação de +15,9% em relação ao ano anterior, segue o ranking:

  • Tecidos, vestuário e calçados com +11,9%,
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos com +11,2%,
  • Móveis, com +4,8%
  • Combustíveis e lubrificantes, com +0,2%.

Já nas quedas, observamos que “Livros, jornais, revistas e papelaria” foi o setor com o menor volume de vendas desde o ano passado, esse setor em questão teve uma queda extremamente brusca, com -21% em relação ao ano anterior, depois temos “Equipamento e materiais para escritório, informática e comunicação” com -3,2%, “Eletrodomésticos” com -2,9%, “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” com -2,4% e “Hipermercados e supermercados” com -1,9%

Com relação aos estados brasileiros, trouxemos um rank apresentando os 3 estados com maior variação no volume de vendas e os 3 estados com a menor variação no volume de vendas no comércio varejista.

Rank: Estados com maior variação no volume de vendas no comércio varejista (2020-2021)

  1. Piauí, com +14%
  2. Amapá, com +12,7%
  3. Rondônia, com +11,6%

Rank: Estados com menor variação no volume de vendas no comércio varejista (2020-2021)

  1. Tocantins, com -8,6%
  2. Distrito Federal, com -4,7%
  3. Paraíba, com -2,7%

Variação de Receita Nominal no Comércio Varejista

Variação de Receita Nominal (faturamento) no Comércio Varejista apresenta aumento de 14,2% que no ano anterior
Variação de Receita Nominal (faturamento) no Comércio Varejista apresenta aumento de 14,2% que no ano anterior

Observando a Variação de Receita Nominal, ou faturamento, percebemos que no Brasil houve um aumento de +14,2% em relação ao ano anterior. Dividindo por setores tivemos “Combustíveis e lubrificantes” como o setor que apresentou a maior variação de receita nominal, com um aumento de 26,6% em relação ao ano anterior, seguido de:

  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico com +23,1%,
  • Tecidos, vestuário e calçados com +14,5%,
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com +13,3%,
  • Hipermercados e supermercados com +11,5%,
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com +11,1%,
  • Móveis com +11,1%,
  • Eletrodomésticos com +9,0%
  • Equipamento e materiais para escritório, informática e comunicação, com +5,4%

“Livros, jornais, revistas e papelaria” foi o único setor que obteve uma variação negativa de receita nominal, com -20% em relação ao ano anterior.

Com relação aos estados brasileiros, trouxemos um rank apresentando os 3 estados com maior variação na receita nominal e o estado com a menor variação no receita nominal no comércio varejista.

Rank: Estados com maior variação na receita nominal no comércio varejista (2020-2021)

  1. Piauí, com +26%
  2. Amapá, com +24,1%
  3. Pará, com +21,8%

Tocantins foi o único estado brasileiro a apresentar uma variação negativa na receita nominal no comercio varejista, obtendo -1,3% em relação ao ano passado.

Preços altos, poucas vendas

Para entendermos melhor a análise do artigo, temos que entender o significado de Receita Nominal e Volume de Vendas.

Receita Nominal: Receita bruta de revenda, total e por Unidade de Federação. A Receita Nominal é definida pela renda mensal bruta proveniente da revenda de mercadorias, não deduzidos os impostos incidentes e nem as vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. Não estão incluídas as vendas de produtos de fabricação própria, receitas de serviços, receitas financeiras e outras receitas não-operacionais. Fonte: IBGE

Volume de Vendas: Quantidade de produtos e mercadorias revendidas.

Analisando os dois gráficos, podemos perceber que o faturamento no setor de Combustíveis e lubrificantes, por exemplo, teve a maior variação, isso quer dizer que, do ano passado pra este ano, o valor de combustíveis aumentaram drasticamente. Ano passado, dois meses após o começo da pandemia, o valor médio da gasolina era de R$ 4,01, hoje estamos alcançando R$ 6,71.

Ou seja, apesar do faturamento ter crescido drasticamente, isso não significa que os postos de combustíveis, por exemplo, estão lucrando mais, pois esse valor não inclui as despesas e impostos.

Com relação ao volume de vendas, percebemos que o mesmo setor não apresentou muita diferença, aumentando apenas 0,2% desde o ano passado, ou seja, os preços subiram, mas não houve muito consumo, provavelmente pela alta dos combustíveis.

Comércio Eletrônico

De acordo com o economista Fábio Bentes da Confederação Nacional do Comércio, estima-se que o e-commerce no Brasil feche 2021 com um avanço de 38%, projetando um faturamento de 304 bilhões de reais.

A participação do e-commerce no comércio varejista 2020 até 2021 é de 11,2% e, levando em consideração apenas agosto de 2021, o e-commerce teve a quinta melhor performance desde janeiro de 2015, com a participação de 12,3% do comércio varejista. Tivemos um crescimento de 24,2% no e-commerce e o volume de vendas aumentou 15,8%, como mostra a pesquisa divulgada pela MCC-ENET.

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Elder Rotta

Elder Rotta | Head of Growth

Apaixonado por vendas, inovação e relacionamentos interpessoais. Ajudo empresas a expandirem, e encontrar as oportunidades certas no lugar certo, através do meu trabalho na startup Datlo.

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