A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é um sistema de códigos que elenca todas as atividades econômicas desenvolvidas pelas empresas no Brasil. Essa classificação é essencial para a coleta de dados, análise de tendências de mercado, tributação e cálculo de impostos.
Além de auxiliar no desenvolvimento de análises de mercado B2B, como segmentação e avaliação de oportunidades de negócios, a CNAE permite que as empresas se categorizem de acordo com suas atividades econômicas, facilitando a identificação de segmentos específicos e relevantes. Quer saber mais sobre a CNAE? Continue a leitura.
O que é CNAE?
A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é um sistema de códigos que elenca as operações e os serviços prestados por empresas de todos os segmentos público, privado, autônomos e sem fins lucrativos no Brasil. Composta por 7 dígitos, permite identificar tanto a atividade principal quanto as secundárias exercidas por cada empresa no território brasileiro.
A CNAE principal concentra-se na atividade que gera a maior parte da receita da empresa. Já a CNAE secundária refere-se às atividades adicionais que uma empresa pode exercer além da sua atividade principal.
Desenvolvida e gerida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a classificação é responsável por documentar, apoiar, disseminar informações e atender usuários, além de garantir sua atualização contínua para a coleta de dados. Você pode conferir a CNAE na plataforma da Comissão Nacional de Classificação (CONCLA).
Como e para que a CNAE funciona?
Entendemos que a CNAE é uma ferramenta essencial para organizar e classificar as atividades econômicas das empresas brasileiras. Ela categoriza as diversas atividades que essas empresas exercem, permitindo uma padronização em nível nacional.
Fundamental para a coleta de dados, análise de tendências de mercado, tributação e estatísticas econômicas, sendo um elemento chave para a divulgação de informações econômicas.
Para facilitar ainda mais o entendimento sobre a organização e classificação das atividades, vamos explorar a seguir a hierarquia de dados da CNAE. É importante ressaltar que cada categoria dentro dessa hierarquia permite visualizar segmentações de atividades econômicas, sendo elas mais ou menos detalhadas.
Hierarquia dos dados da CNAE
Sua estrutura é organizada de forma hierárquica, algo que não é muito conhecido. Portanto, é importante compreender a hierarquia da CNAE para, então, utilizar este artifício da melhor forma. Com isso, torna-se mais eficaz o encontro de oportunidades comerciais. Confira abaixo a composição da hierarquia de dados e seus exemplos:
- Seções: Existem 21 seções, sendo representadas por letras do alfabeto de A a U. As seções abrangem os grandes setores da economia, como: agricultura (A); indústria de transformação (C); comércio (G); construção (F); entre outras.
- Divisões: Com 87 divisões no total, representadas pelos dois primeiros dígitos, esta etapa fornece mais detalhes sobre as atividades econômicas dentro de cada seção, ou seja, na seção de indústrias de transformação (C), temos algumas divisões, como: fabricação de produtos alimentícios (10); fabricação de bebidas (11); fabricação de produtos têxteis (13); entre outras.
- Grupos: Há 285 grupos que afunilam a visão das divisões, representados por três dígitos. Por exemplo, na seção de indústrias de transformação (C), dentro da divisão de Fabricação de Produtos Alimentícios (10), temos os seguintes grupos: laticínios (10.5); fabricação e refino de açúcar (10.7); fabricação de outros produtos alimentícios (10.9); entre outros.
- Classes: Existem 672 classes que detalham as atividades específicas realizadas pelas empresas, representados por cinco dígitos. Vamos continuar no exemplo citado acima, portanto, ao avaliar o grupo de fabricação de outros produtos alimentícios (10.9) temos algumas classes, como: fabricação de produtos de panificação (10.91-1); fabricação de massas alimentícias (10.94-5); fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos (10.93-7); fabricação de biscoitos e bolachas (10.92-9); entre outras.
- Subclasses: As subclasses fornecem uma descrição ainda mais detalhada das atividades econômicas, somando 1.318 no total. As subclasses são representadas pelo código como um todo, ou seja, os sete dígitos totais. Sendo assim, continuando no exemplo citado acima, dentro da classe de fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos (10.93-7), temos duas subclasses, sendo: fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates (1093-7/01) e fabricação de frutas cristalizadas, balas e semelhantes (1093-7/02).
Para facilitar a visualização, abaixo demonstramos a hierarquia da CNAE baseada no exemplo citado anteriormente.
Sendo assim, vale-se dizer que a CNAE é essencial para garantir a padronização e a confiabilidade dos dados, resultando em análises baseadas em informações assertivas sobre o mercado. Porém, para gerar boas oportunidades comerciais B2B, não basta apenas conhecer a CNAE e como sua hierarquia funciona.
Portanto, também é preciso que as empresas criem suas estratégias comerciais baseadas no perfil do cliente ideal e, a CNAE, é a porta de entrada para esta estratégia que gera oportunidades de negócio mais qualificadas.
Por essa razão, a seguir vamos apresentar como a classificação influencia na definição do perfil de cliente ideal.
Como a CNAE influencia na definição do perfil de cliente ideal?
Como mencionado, a CNAE é a porta de entrada para a classificação do Perfil de Cliente Ideal (ICP), sendo essencial para que empresas B2B busquem oportunidades de negócio certeiras.
Basicamente, o ICP descreve as características que um potencial cliente deve contemplar para se encaixar como um cliente ideal para a sua empresa. Portanto, para definir este perfil, deve-se levar em consideração informações como:
- Setor de atuação;
- Faixa de faturamento;
- Porte;
- Número de funcionários;
- Região geográfica;
- CNAE;
- Entre outras.
A definição do ICP exige uma coleta de informações relevantes e compatíveis com o que a sua empresa procura. Sendo assim, são diversas variáveis que as organizações podem utilizar para definir o cliente ideal e, um desses artifícios, é a CNAE.
Isso porquê a CNAE é o dado público mais confiável quando se diz respeito à atividade econômica das empresas. Portanto, ao conhecer a classificação, torna-se possível elencar qual área de atuação ou segmento determinadas empresas se enquadram.
Sendo assim, para captar boas oportunidades comerciais, empresas B2B precisam definir o seu cliente ideal. Com isso, a CNAE deve ser utilizada para filtrar a segmentação de clientes que a sua empresa atende.
Por exemplo, imagine que você é gestor de uma empresa que produz embalagens para doces e sua maior dificuldade é de expandir o mercado com novas oportunidades de negócios. Sendo assim, vamos partir do princípio que o ICP do seu negócio são industrias que produzem doces. Com isso, seria possível descobrir quais empresas possuem estas características ao avaliar a CNAE, sendo:
- Classe: Fabricação de biscoitos e bolachas (10.92-9);
- Classe: Fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos (10.93-7).
Além disso, devemos recordar sobre o fato de muitas pessoas avaliarem a classificação erroneamente. Visto isso, no caso exemplificado acima, o gestor em questão poderia avaliar apenas a subclasse, o nível hierárquico mais conhecido da CNAE.
Sendo assim, há uma maior probabilidade de que ocorra um levantamento de informações restrito devido a especificidade da subclasse. Por outro lado, vale ressaltar que um nível mais abrangente de informação também pode não ser benéfico. O importante é adequar a análise de acordo com a sua necessidade.
Logo abaixo confira uma demonstração visual do exemplo:
Neste exemplo, simplificamos o caso de uso da CNAE visto que empresas B2B costumam ter ICPs mais complexos.
Visto isso, a CNAE é apenas o pontapé inicial para encontrar potenciais clientes para empresas B2B. Mas, por que a CNAE é apenas a porta de entrada para definir o ICP e encontrar oportunidades comerciais?
Por que a classificação não é suficiente para encontrar boas oportunidades comerciais?
Basicamente porque a classificação nacional de atividade econômica não atende níveis de informações necessárias para que empresas B2B definam o ICP e encontrem oportunidades de negócios realmente qualificadas. Existem outras características e atributos essenciais para que organizações business-to-business atinjam o cliente ideal.
Por isso, empresas B2B necessitam de uma ferramenta que possibilite analisar diversos atributos importantes, além da CNAE, para encontrar o seu cliente ideal, isso para atingir um maior nível de assertividade em encontrar as melhores oportunidades comerciais. É ai que entra a Plataforma de Geomarketing da Datlo!
Plataforma de Geomarketing para encontrar as melhores oportunidades comerciais B2B
É importante ressaltar que a definição do perfil de cliente ideal de empresas B2B é complexa. Sendo assim, mencionamos que há diversos atributos essenciais para a estabelecer o ICP, sendo: setor de atuação; porte; faixa de faturamento; número de funcionários; CNAE; região geográfica; entre outros.
Com a Plataforma de Geomarketing da Datlo médias e grandes empresas tem acesso à inúmeras informações e atributos estratégicos, além da CNAE, para:
- Definir o ICP;
- Dimensionar o mercado;
- Descobrir onde seus clientes e concorrentes estão;
- Avaliar o potencial de consumo;
- Traçar estratégias Go To Market;
- Expandir o mercado;
- Aumentar a penetração de mercado;
- Gerir o território;
- E muito mais.
Com isso, torna-se inevitável a criação das melhores estratégias comerciais que realmente geram oportunidades de negócio extremamente qualificadas.
No exemplo da empresa que produz embalagens para doces, podemos afunilar o ICP para encontrar as melhores oportunidades comerciais. Imagine uma análise em que o gestor dessa empresa queira atingir somente indústrias de Fabricação de biscoitos e bolachas (10.93-9) e Fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e confeitos (10.92-7). Agora, vamos partir do princípio que o cliente ideal também deve contemplar os seguintes critérios:
- Localização: Região metropolitana de São Paulo;
- Faixa de faturamento do cliente: R$360.000,00 a R$4.8000.000,00;
- Chance de contato com o cliente: regular e alta;
- Potencial de consumo para alimentação do lar de açúcar e doces: Acima de R$50.000.000,00 ao ano.
O gestor desta empresa que produz embalagens para doces teria acesso a mais de 40 oportunidades comerciais encontradas com esses critérios! Portanto, seria possível visualizar estas e outras inúmeras informações para agregar na estratégia de expansão.
Além disso, informações como chance de contato e potencial de consumo são metodologias exclusivas da Datlo e não constam em uma análise restrita apenas a CNAE. Confira abaixo uma imagem da Plataforma de Geomarketing da Datlo referente à esta análise:
Com a Datlo, médias e grandes empresas podem atuar estrategicamente para garantir a expansão do negócio por meio de dados de mercado confiáveis. Quer ver como funciona na prática? Clique aqui e agende uma demonstração agora mesmo!